VOGAL
Quando parei diante da tela, foi como se a vogal que faltava
para completar a frase, aparecesse como um passe de mágica. Eu lia a pintura,
como se estivesse me vendo dentro daquele parque. O movimento das folhas dava
vida à árvore como se fosse real. Como se o vento batesse em meu rosto de uma
maneira suave e delicada. Eu conseguia ouvir o canto dos pássaros que voavam ao
redor do lago, o barulho do pneu da bicicleta no cascalho, enquanto a criança
brincava e o som do sorriso da moça, sentada na toalha quadriculada, enquanto o
rapaz sussurrava palavras doces em seu ouvido.
Então, batizei a pintura de VOGAL, pois para mim, foi uma vogal
mágica que deu voz à obra e me fez admirar com encanto o colorido da tela, me
trazendo paz de espírito.
Lya Gallavote
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