domingo, 24 de março de 2013

Conto: Vogal


VOGAL

Quando parei diante da tela, foi como se a vogal que faltava para completar a frase, aparecesse como um passe de mágica. Eu lia a pintura, como se estivesse me vendo dentro daquele parque. O movimento das folhas dava vida à árvore como se fosse real. Como se o vento batesse em meu rosto de uma maneira suave e delicada. Eu conseguia ouvir o canto dos pássaros que voavam ao redor do lago, o barulho do pneu da bicicleta no cascalho, enquanto a criança brincava e o som do sorriso da moça, sentada na toalha quadriculada, enquanto o rapaz sussurrava palavras doces em seu ouvido.

Então, batizei a pintura de VOGAL, pois para mim, foi uma vogal mágica que deu voz à obra e me fez admirar com encanto o colorido da tela, me trazendo paz de espírito.
Lya Gallavote

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