Na adolescência, eu fui uma garota completamente romântica. Eu vivia achando que, quando menos eu esperasse, esbarraria no meu par perfeito, fosse na padaria, mercado ou colégio. Andava observando as pessoas, em busca de um garoto que seria meu para o resto de minha vida, como acontece na maioria dos filmes de comédia romântica. Aquele tipo de clichê, que os olhos se encontram e o beijo quase acontece no primeiro instante, mas que adoramos assistir, pois o casal é sempre feito um para o outro. Perfeito!
A busca me causava ansiedade, palpitações e até mesmo, um vazio em meu peito, quando o dia acabava sem nenhum resultado esperado por mim.
Até que um dia, uma amiga me chamou para irmos ao cinema. Era um dia de verão bem quente, quando não temos nada para fazer e aparece uma oportunidade ótima para poder usar aquela roupa nova que está guardada a mais de um mês no guarda-roupa por não ter um lugar bem bacana para estreiá-la. Achei ótimo e aceitei na mesma hora ao convite.
Ela havia convidado também dois garotos e seria um encontro entre amigos, sem nenhuma intenção além disso. Um bom papo, uma conversa informal, um começo de uma nova amizade entre mim e os garotos, já que ela já os conhecia.
Nos encontramos na casa de um deles, para que pudéssemos sair todos juntos rumo ao shopping, de metrô.
Foi então, que eu conheci a flechada do cupido em mim. Rápido como um raio, uma descarga elétrica atingiu os meus sentidos quando vi o garoto alto, magro, de cabelos negros e curtos, olhos grandes e cílios longos. Usava uma bermuda jeans, uma camiseta solta e um tênis bem legal. Eu senti todos os meus músculos se contraírem exatamente naquele momento em que fui flechada. Não sabia se respirava, ou perguntava para a minha amiga quem era aquele que me fez vivenciar algo que nunca havia sentido antes. E olha que eu já tinha namorado muitos garotos antes de acontecer aquilo comigo.
É incrível como as coisas são para acontecer. Dias depois, eu descobri que ele estudava no mesmo colégio que eu, trabalhou por um tempo no mercado que eu frequentava com minha mãe todos os finais de semana até o pai dele abrir a padaria em que eu comprava pão todas as manhãs. Só não entendi até hoje, o motivo que nosso "esbarrão" não aconteceu como nos filmes que eu tanto amo assistir.
É assim mesmo; quando o cupido quer nos pregar uma peça, ele inventa até um filme novo no cinema para soltar as suas flechadas. Coisas da vida.
adorei.
ResponderExcluirObrigada!!!
Excluirgostaria muito de ler este livro, curiosa.
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